A mulher de um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus confirmou a prática de adoções ilegais realizadas por membros da instituição.
Uma investigação jornalística divulgada, há semanas, pela TVI imputa à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) um alegado esquema de adoções ilegais, praticado durante a década de 90, sob a coordenação do fundador e líder máximo daquela igreja, Edir Macedo.
Testemunhas citadas pela estação de Queluz acusam o bispo de encabeçar a rede internacional de adoções ilegais de crianças e de, inclusivamente, ter retirado dois de três irmãos de um lar da IURD em Lisboa para entregar a uma filha, nos Estados Unidos.
O mais novo dos irmãos, que ficou para trás e cresceu até aos cinco anos longe dos outros, acabaria por ser também entregue, no Brasil, ao bispo Romualdo Panceiro, que está à frente a IURD em Portugal e na Europa, e é um dos principais ajudantes de Edir Macedo.
Foi numa carta de 11 páginas manuscritas que a mulher do bispo Romualdo, Márcia Panceiro, confessou ter recebido o mais novo dos três irmãos, Fábio, confirmando o alegado esquema de adoções ilegais.
“Fábio Miguel Tavares foi-me entregue no Brasil no dia oito de abril de 1997 para ser meu filho”, lê-se no documento enviado à TVI, no qual Márcia explica que o esquema terá sido combinado ao nível da cúpula da IURD, no Brasil.
Segundo a mulher do bispo Romualdo, a secretária de Edir Macedo, Alice, que adotou legalmente os três irmãos em Portugal antes de irem ilegalmente para a América, juntava as crianças para as ensinar a mentir ao tribunal português, dizendo que viviam juntas.
Acontece que, de acordo com a TVI, numa dessas visitas, Alice não terá devolvido Fábio ao bispo e à mulher, o que terá originado o desabafo de Márcia, em resposta à investigação “O Segredo dos Deuses”.
Fonte: https://goo.gl/FCRv4E